A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (SEMA-MA) investiu em sua própria estruturação, a fim de garantir a preservação ambiental de forma ainda mais ampla. Para isso, o órgão criou novas instâncias de atuação e agora conta com as superintendências de Economia Verde, Resíduos Sólidos, Fiscalização e Biodiversidade e Áreas Protegidas.
De acordo com a Secretária Estadual de Meio Ambiente, Genilde Campagnaro, além de fiscalizar o desmatamento, o conjunto de ações citados na entrevista serve para facilitar e garantir a segurança dos empreendedores. Na entrevista concedida ao portal do Programa de Qualificação da Gestão Ambiental – Municípios Bioma Amazônia (PQGA), a Secretária divulga de forma precisa os projetos que estão sendo desenvolvidos pela SEMA-MA.
1 – Quais as ações da SEMA-MA nesses últimos quatro anos a Secretária destaca como legado dessa gestão em prol da preservação ambiental? O que dessa atuação resultou em um ambiente mais favorável à aplicação de investimentos no Estado, a geração de renda e à oportunidades de inclusão social para as comunidades?
Além do investimento na estrutura interna, a Secretaria também intensificou a fiscalização no Bioma Amazônia para evitar a exploração desenfreada e irregular de madeira e o avanço na degradação das Unidades de Conservação estaduais, principalmente, o Parque Estadual do Mirador.
No total de ações para controlar atividades prejudiciais ao meio ambiente estão ainda:
Todas estas ações trazem segurança ao empreendedor, pelo fato dele saber que poderá investir em um estado que possui todo seu marco legal balizado e onde os processos de licenciamento transcorrerão de forma transparente, com maior agilidade e acompanhamento on-line.
2. Em relação ao problema do desmatamento, que agentes ou causas são críticos para os próximos anos? Quais as estratégias adotadas pela SEMA para redução e controle do desmatamento e combate a outros crimes ambientais?
O avanço das áreas de plantio e pasto estão entre os agentes que mais contribuem para a degradação florestal. Para combatê-los, foram criados dois mecanismos governamentais – o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) e o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que serão excelentes ferramentas para que haja ordenação e controle das atividades causadoras de desmatamentos. O primeiro possibilitará o direcionamento e a setorização destas atividades. Já o segundo ampliará o conhecimento sobre cada empreendedor, sendo possível monitorar a sua atividade por meio de imagens de satélite, o que assegura maior eficiência à fiscalização.
3. Com a vigência do novo Código Florestal, quais as medidas já adotadas pelo Estado para implementação do Cadastro Ambiental Rural – CAR e a regularização das propriedades rurais? Qual a maior contribuição do CAR para o ordenamento e desenvolvimento do território do Estado?
O Cadastro Ambiental Rural é o ponto de partida para uma questão mais ampla que é o planejamento territorial estratégico composto pelo planejamento da paisagem, referente à redução dos passivos ambientais e regularidade ambiental, e planejamento da produção agrícola do Estado em conjunto com o ZEE.
Além desses mecanismos, a SEMA capacita seus servidores, constantemente, e promove ações em parceria com diversas instituições, entre elas IBAMA, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Batalhão de Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros, Ministério Público, Delegacia de Meio Ambiente, entre outros, para que os responsáveis por crimes ambientais sejam identificados, punidos e os danos causados à natureza sejam reparados.
4. Comente as medidas implementadas pela SEMA para o aperfeiçoamento do processo de descentralização da gestão ambiental e para conferir mais autonomia aos municípios?
O Projeto Maranhão Sustentável é uma parceria com o Fundo Amazônia, que é gerida pelo BNDES. Seu objetivo é apoiar a gestão ambiental no estado do Maranhão mediante aprimoramento da infraestrutura, qualificação do quadro funcional da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão, implantação do Cadastro Ambiental Rural e a elaboração de Planos de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas, especialmente, nas áreas localizadas no Bioma Amazônia.
A lista de ações do Projeto é bastante abrangente: